terça-feira, 3 de agosto de 2010

MULHER


Quando falo de mulher
Não é da mulher que gosto,
Nem daquela
Ou da outra;
Mas da Mulher.
Com seus dotes e dons;
Das palavras
Que as vezes provocam
Ausência;
Do silêncio que a faz
Tão presente.

É da mulher que sinto falta.
Não da certa ou da errada,
Mas daquela cuja alma fêmea
Se integra a minha
Como gêmea
Fazendo com que tudo
Tenha motivo e razão.

É da mulher que procuro.
Não a bela
Nem a feia;
Mas aquela que intermeia.
Que me acompanha
E me deixa seguir.
A sábia.
Capaz de a tudo definir.

É daquela que completa
E mesmo quando incorreta
Sabe sempre decidir.

Que não se esconde
Nem se anula,
E mesmo não estando
Sempre se mantém aqui.

Não é de uma mulher
Que falo,
Mas da Mulher
Inocentemente maliciosa
Que mesmo parada
Se faz gostosa.
Livre do tempo e do espaço.
Que me aquece num abraço
Que só ela sabe dar.

Não é da mulher que quero
Ou da mulher que espero,
É da Mulher...
Aquele ser tão sincero
Que só mente pra agradar
Ou divertir;
E sem se omitir
Me permite brilhar.

Não é de uma mulher que almejo
Mas da Mulher cujo o beijo
Me faça sorrir e chorar.

Não é de uma mulher que reflito
Mas da Mulher infinito...
Da Mulher que todo o homem
Que tem o sentimento à flor da pele
A traz em si
Como que tatuado
Embora não a consiga ver.
Mas que quando a contempla
E a encontra
Se perde morrendo para o mundo
Deixando de ser um só
Pra ser com ela
Mais que tudo!
(Fábio Costa)

http://www.autores.com.br/2010072037836/Literatura/Poesias/mulher.html

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