sábado, 21 de agosto de 2010

Donas do ringue






















O público feminino está optando cada vez mais

pela prática de lutas e deixando de lado as aulas de ginástica.
(Por Ana Stella Guisso)



As academias que quiserem atrair mais alunas, precisam voltar seus olhos para as aulas de boxe, muay thai, jiu-jitsu e capoeira, antes procuradas majoritariamente pelos homens. Essa é uma realidade que vem se solidificando há poucos anos e parece que veio para ficar. "Comecei a dar aula de lutas em 1998, mas a procura pelas mulheres começou a ser mais intensa em 2002", lembra o professor e lutador profissional de muay thai da Equipe Bravo, Fred Couto.

É nessa configuração, que as mulheres estão perdendo os títulos de frágeis e desprotegidas, e vêm conquistando, cada vez mais, seu espaço dentro dos rings e sobre os tatames. Prova disso é que apenas uma modalidade dos esportes olímpicos não apresenta uma categoria feminina: a luta greco romana. Até pouco tempo atrás, as mulheres também não tinham espaço dentro do boxe. Porém, nas Olimpíadas de 2012, que vai acontecer em Londres, elas já poderão competir em sua própria categoria. Assim, perdeu-se aquele mito de luta ser apenas esporte masculino.

Vantagens de 'bater'

Além das mulheres sentirem-se mais seguras, as lutas oferecem resultados rápidos e positivos para o corpo da mulher, com boas perdas de calorias, ganho de flexibilidade e massa magra. "Em três meses, as mulheres que fazem muay thai, por exemplo, já sentem um resultado absurdo em seu corpo", revela o ex-campeão mundial e professor da modalidade, Moises Gibi. Ele ainda frisa que esse o efeito positivo acontece se a mulher praticar a luta três vezes por semana, por1h30, dedicar-se nos treinos e controlar a alimentação. Fred revela já ter participado de uma experiência em que uma aluna conseguiu emagrecer 20kg em apenas seis meses, com aulas de muay thai, acompanhamento nutricional e de um preparador físico.

O aumento da procura pelas lutas vem crescendo também por serem uma alternativa aos maçantes exercícios de musculação e as aeróbicas sempre iguais. "As aulas de luta são imprevisíveis. A aluna chega sem saber se vai treinar movimentos de soco, da parte inferior ou superior do corpo", revela Gibi. Isso é o que levou a assessora de imprensa Simoni Nishiyama, de 26 anos, a procurar o boxe para manter-se em forma. "Tentei fazer esteira, musculação, pilates, mas achei muito repetitivos e entediantes. Comecei a fazer boxe, pois queria uma atividade mais intensa e dinâmica", fala.

Há ainda o aumento do condicionamento, desenvolvimento do equilíbrio e coordenação motora. Segundo a assessora, sua capacidade cardiovascular e seu tônus muscular melhoraram significativamente e ela sentiu mais ânimo para suas atividades do dia a dia.

Modalidades de luta

Elas são ainda uma alternativa para aliviar as tensões, desenvolver disciplina e superar os limites do seu corpo, além de trabalhar a autoconfiança que reflete em seu cotidiano. Dependendo da sua intenção, há um esporte que pode praticar e atingir seu objetivo, que pode ser perda de peso, tonificação dos músculos ou apenas sair do sedentarismo. Saiba agora as modalidades de luta mais praticadas pelas mulheres e veja qual é a mais indicada para você.
  • Boxe - Luta com os punhos, centrada nos membros superiores, mas, também trabalha os demais grupos musculares. Ensina a ter raciocínio rápido, lógico, melhora o condicionamento, a definição muscular e emagrece.
  • Muay thai - É conhecido também como boxe tailandês. Em seus golpes, trabalham-se os membros inferiores e superiores. Desenvolve agilidade, reflexo, flexibilidade e condicionamento. Além de ser uma das modalidades que mais se perde calorias, em média 1000 por aula.
  • Jiu-Jitsu - É um tipo de arte marcial que usa alavancas de força física e pressões para derrubar, dominar e submeter o adversário. Visa o condicionamento cardiorrespiratório, fortalecimento muscular e flexibilidade.
  • Capoeira -Genuinamente brasileira, a capoeira é caracteriza por golpes, movimentos ágeis e complexos. Desenvolve flexibilidade, coordenação, raciocínio e ritmo, pois é uma luta acompanhada por música.
FONTE:
http://www.guiadasemana.com.br/Rio_de_Janeiro/Mulher/Noticia/Ringue_feminino.aspx?ID=66162

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