sábado, 14 de setembro de 2013

Carta a um Cavaleiro Perdido





Perdido Cavaleiro
Em que estrada caminhas?
Navegaste num mar de ilusões
Mares traiçoeiros
Cercados por serpentes.

Nebuloso Cavaleiro
Em que direção
Desejas ir?

Não reclames da sorte
Pois tu próprio
Forjaste teu destino.

Em que estrada caminhas?
Onde está tua nobre dama?
A flor guardiã.

Tua asa se partiu
Corroído por ilusões
Feriste a ti
A doce fada.
Machucaste o amor mais puro
Traindo pela volúpia.

Esqueceste o que o fizeste cavaleiro?
Tornaste uma criatura
Sem-honra
Sem-luz
Sem dama
Sem glórias.

Sem saber,
Encontraste a solidão
O tormento na alma
Coberto por vaidades,
Luxúrias
Fostes.

Clamas por liberdade!
Mas a cada dia
Te acorrentas mais.
Tornaste cativo.
Chegará o tempo
Em que nem mesmo
Tua nobre dama
Conseguirá resgatar-te
Pois a escuridão
Revestirá tua alma
Te atirará a mais profunda solidão.

A estrada a qual percorres
Um caminho sem-volta
Serás aprisionado nos confins do nada.
Jamais voltarás a contemplar
Tão linda dama!
Terás perdido
Para sempre tua honra
Tua chama
Mergulhado num vazio infinito.
Não haverá amigos
Que te consoles
Confortes
Tua alma.

Te rebelaste contra DEUS
Forjaste teu próprio infortúnio
Sem alma
E coração
Cais-te.
Derrotado, foste,
Por um ato impensado.

Decaído cavaleiro,
Em teu ser só há tristeza
Dor, solidão.
Cansado e perdido
Estás.

Retornes agora!
Reconquiste tua dama
Antes que o sol se ponha.
Que a noite caia
Sem estrelas
Sem o brilho da lua
Para guiar-te.

Corras para longe
Fujas da ilusão.
Retomes o caminho
Ressuscites
O cavaleiro de outrora
O nobre cavaleiro
De estirpe de bravos guerreiros.

Retornes,
Antes que o tempo termine
Que a pomba parta
Que a dor te consuma
Que te percas no breu,
Nas sombras

(kris Rikardsen)

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