sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
FLOR DE SAGITÁRIO
zanauniv | 13 dez. 2010
Este vídeo é destinado a uma mulher muito especial.
Amiga e musa.
Amiga e musa.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Perda difícil
Aborto espontâneo é relativamente comum e atinge 15 % das gestações. Saiba como enfrentar a situação
e o medo de uma nova gravidez
Por Camila Silveira
e o medo de uma nova gravidez
Por Camila Silveira
Apesar de ser relativamente comum, já que, segundo especialistas, ocorre em 15% das gestações, o aborto espontâneo é uma experiência delicada que pode abalar o lado emocional da mulher. Em alguns casos, ela pode desenvolver um certo receio em engravidar novamente ou então de contar para as pessoas sobre uma nova gravidez. Além disso, a situação pode desencadear alguns quadros depressivos.
"O aborto espontâneo pode ter várias causas, sendo que a mais comum é embrionária, ou seja, alterações cromossômicas do embrião. Existe também o fator hormonal, uma ocorrência chamada Insuficiência de Corpo Lúteo, que é quando o feto não encontra progesterona e estrógeno suficientes para se instalar", diz o ginecologista, especialista em medicina reprodutiva e diretor do Fertility (Centro de Fertilização Assistida), Assumpto Iaconelli.
Segundo Iaconelli, esse problema ocorre com mais frequência até a 12ª semana de gestação. "Quanto mais tardio, mais raro é o abortamento. Depois desse período, as causas geralmente são outras, como diabetes, hipertensão, enfim, alguma patologia mais ligada à gravidez do que ao embrião", explica. O especialista diz que esse tipo de aborto praticamente não traz riscos, pois não houve manipulação intrauterina, diferente daqueles que são provocados.
Superando o trauma
De acordo com a psicóloga Maria Cristina Capobianco, cada pessoa vai lidar com esse momento de forma diferente. As reações vão ser influenciadas pela história de vida e da estrutura familiar da mulher. "O momento também vai influenciar muito. Se ela tem uma boa estrutura, se está feliz, se tem uma relação estável. São vários os fatores que determinam o comportamento da mulher diante do ocorrido", explica.
Para se defender, segundo a psicóloga, algumas pessoas negam completamente qualquer perda, como se nada tivesse acontecido. "Aparentemente, parece que ela nem está sentindo nada, mas, muitas vezes, isso não é um bem-estar, mas somente uma defesa. Provavelmente, está sofrendo muito", diz. Para Maria, a reação mais natural é uma certa tristeza, mas isso depende muito também do período da gestação, pois quanto mais tempo, maior a ligação com o futuro bebê.
A especialista explica que é importante passar pelo luto e ficar um pouco deprimida, uma vez que na sociedade moderna, muitas vezes, os conflitos não são enfrentados. "É interessante fazer terapia para ter consciência de todos os mecanismos do inconsciente. Caso contrário, a pessoa pode ter mais dificuldade para engravidar por medo de perder. O acompanhamento de um psicólogo é necessário para não causar mais estragos", afirma.
Sem culpa
Outro sentimento que é recorrente nos casos de aborto espontâneo é a culpa. Diferente dos outros tipos de perda, muitas vezes, a mulher sente-se culpada pelo ocorrido. "O tema da culpa é muito comum e constante, independente do caso. É como se ela tivesse feito algo de negativo em algum momento e estivesse sendo castigada por isso", afirma o psicólogo Paulo Tessarioli. Nesse contexto, a perda é vista como uma condenação por ela.
Geralmente, esse assunto é trabalhado muito mal por todos os envolvidos e se transforma praticamente em um segredo. "Torna-se um tema que não vem à tona e que não é discutido. Ninguém fala sobre o que aconteceu. Esse comportamento já reforça a sensação de culpa. Todos precisam de um preparo emocional para lidar com essa questão", diz Tessarioli.
Para enfrentar a situação, o indicado é um acompanhamento psicoterápico, pois, caso contrário, qualquer gravidez posterior pode ser um trauma. "O aborto pode se tornar um fantasma na vida da pessoa. Uma mulher que passou por essa experiência pode colocar o assunto em uma "caixa" e jogar a chave fora, mas mais cedo ou mais tarde isso pode vir à tona e aparecer em situações do cotidiano", alerta.
Acompanhamento terapêutico
Assim, para o especialista, o primeiro passo é procurar ajuda. Depois, é necessário falar sobre o assunto. "O aborto espontâneo não trabalhado pode ser condição para o surgimento de uma depressão. Ela pode ter um quadro depressivo antes, durante e depois da gravidez. Por isso, o luto é necessário para a superação da perda, até para aqueles que acontecem nas primeiras semanas de gestação, pois não deixam de ser a morte de um sonho", diz.
Depois do impacto emocional e de atingir a aceitação, a mulher pode engravidar novamente sem receios. "O problema dessas experiências traumáticas é quando elas impactam a vida de tal forma que prejudicam o presente e inviabilizam o futuro. Essa é a medida para saber se algo precisa ser trabalhado emocionalmente. Quando você nota que algo não ficou no passado, é preciso olhar para a situação", constata.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
MULHER EM VERSO E PROSA
Ivandilson Miranda Silva
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça". A poesia de Vinicius de Morais e Tom Jobim, ícones da música popular brasileira nos remete a um de tipo de produção artística que exalta as qualidades do gênero feminino. A mulher elogiada, cortejada, romantizada, amada. Linda, mais que demais, você é linda sim (canta Caetano).
Infelizmente, estamos vivenciando um momento muito trágico, chulo e agressivo no âmbito da cultura e na forma como as mulheres são retratadas. Nos bailes funks, o feminino foi transformado em frutas, verduras, uma grande feira com mulher melancia, mamão, melão, abacaxi, jaca, cenoura, batata...
O forró eletrônico (hollywoodiano) incorpora nas suas apresentações, balé circense especializado em estimular a produção de testosterona em suas coreografias, mantendo aquele velho estereótipo da mulher objeto. O pagode tem a capacidade de criar uma anti-poesia, uma anti-prosa que humilha e rebaixa a mulher chamando-a de coisas tão horríveis que não é interessante reproduzir essas frases preconceituosas.
A mulher nos últimos cinquenta anos vem ocupando espaços e modificando sua representação social. A famosa Amélia que tinha um papel de gerenciar a casa e depender das finanças do marido, já contrasta com uma mulher que se insere no mercado de trabalho, é independente financeiramente e atua no mundo político com muito destaque. No próximo ano (2010), teremos três mulheres candidatas á presidência da república, isso é muito significativo.
Nesse sentido, algumas questões devem ser discutidas como: por que esse modelo de feminino não é retratado por esses "músicos", "poetas"? por que a necessidade de ferir o feminino? Será que a mulher é problema para essa gente?
Sabemos que existem artistas, poetas, agitadores culturais, comprometidos com um trabalho que valoriza e respeita a dignidade humana, mas esse povo não aparece para as multidões, não entra na pauta da ração dominical que tem a necessidade de reafirmar o ridículo e o superficial.
Quem perde com tudo isso somos nós e principalmente as mulheres que são maltratadas e ridicularizadas com tudo que vai sendo criado para tentar desconstruir uma história e uma imagem do feminino que foi conquistada com muita luta.. Esse palavreado grosseiro e essa visão tacanha e limitada precisa ser combatida.
O verso e a prosa em torno do gênero feminino devem pautar a sua beleza, o seu encanto e a sua mágica para conquistar os seus sonhos e viver a vida. E como canta Benito: "Agora chegou a vez, vou cantar, mulher brasileira em primeiro lugar", "mulher brasileira é feita de amor".
http://textolivre.com.br/livre/19395-mulher-em-verso-e-prosa