100 ANOS DE LUTA

Foto de Adriano Horta


Nem chuva desanima mulheres em passeata pela igualdade de direitos

No dia Internacional da Mulher, nem a chuva desanimou a passeata das mulheres em Vitória. Com o tema o "Dia Internacional da Mulher - 8 de março: 100 anos de luta", as mulheres foram as ruas com muitas faixas, bandeiras, alegria e carro de som. Com partida da Pracinha de Jucutuquara, nesta segunda-feira (08), camponesas e integrantes do Movimento Sem Terra, se reuniram na caminhada para denunciar opressões e reinvindicar a tão desejada igualdade de direitos. O destino foi o Palácio Anchieta.

Para Jocimara da Conceição, que é integrante do Fórum da Juventude Negra, muito ainda se deve ser feito pela mulher na sociedade. "Hoje é um dia muito importante e devemos lutar sempre pelos direitos das mulheres. A mercantilização do corpo é inaceitável. Isso deve acabar. O racismo ainda é algo muito forte no nosso meio. Nós sempre nos reunimos para mostrar vídeos de mulheres, discutimos e pensamos no que é o melhor e quais providencia tomar", contou.

A coordenadora do Fórum de Mulheres do Espírito Santo, Eusabeth Vasconcelos, diz que este ano comemoram 100 anos do Dia 8 de Março, mas que a luta começou bem antes. "Nossa luta já existe há muito mais tempo que 100 anos. Isso não é festejo, é luta, é persistencia de um lugar melhor. Queremos mais saúde, segurança, que a Lei Maria da Penha funcione mesmo. Não podemos nunca desistir de sermos mais", afirmou.

"Hoje é o nosso dia, temos mais é que comemorar. Estar aqui fazendo essa manifestação é mostrar para o povo que merecemos respeito. Ainda nos colocam atrás do homem, precisamos mostrar que somos capazes sempre. Precisamos de mais reconhecimento" Regina Marques, comerciante.

A manifestação contou com seis alas, cada uma representando uma bandeira de luta das mulheres. São elas: "Políticas públicas eficazes para as mulheres", "Contra a mercantilização do corpo feminino", "Pelo fim da violência contra as mulheres", "Pelo fim do racismo", "Redução de jornada de trabalho" e "Contra os latifúndios, as transnacionais e a monocultura".

Texto de Dayana Souza (redacao@eshoje.com.br).

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